VIDEOCOMUNICAÇÕES PESSOAIS

 

Foi no âmbito dos negócios que as videocomunicações se destacaram primeiro; maioritariamente na área empresarial, a qual conseguia suportar com os custos.
As chamadas telefónicas eram até aqui a forma mais rápida e barata de falar com as pessoas. A videoconferência desperta o interesse ao permitir ver a pessoa com quem queremos falar.
Hoje em dia as videoconferências permitem reunir um grande número de participantes, o que é vantajoso para as actividades humanas, nas mais diversas áreas, tais como os negócios, a educação, a saúde, e as relações pessoais.

Nos negócios, e nas cooperações de várias empresas e organismos, ter estas ferramentas ao dispor potencializa os resultados. Podem ser marcadas reuniões com participantes de vários escritórios, empresas, ou até mesmo com diferentes fusos horários. É evitada a deslocação de pessoal, o que permite não desperdiçar tempo em viagens e uma redução de custos. Disponibiliza ainda aos clientes um serviço mais acessível e disponível, o que melhora a relação com o consumidor e aumenta a confiança no produto, o que se traduz num possível aumento de vendas.

A interacção e os métodos de ensino e aprendizagem têm vindo evoluir; o conhecimento já não é condicionado a um espaço específico, próprio, e o acesso ao conhecimento deixa de estar limitado por barreiras espaciais. Cria-se um ambiente favorável à colaboração, interacção e partilha de experiências e conhecimento. Aparecem comunidades virtuais dedicadas à aprendizagem. Estabelecem-se redes de professores, de alunos, de investigadores, e de curiosos, de todos os cantos do mundo. Estas infraestruturas promovem ambientes activos e em constante crescimento. Os professores podem dar aulas sem estar fisicamente presentes e, igualmente, os alunos de extremos opostos do mundo podem colocar dúvidas e participar no funcionamento da aula; ainda, equipas de investigação, de vários institutos, deixam de precisar de se deslocar de cada vez que têm reuniões de projecto, ou divulgação de avanços/descobertas.

No campo da saúde, passa a ser possível fazer diagnósticos remotos, assistir ou participar em cirurgias, e ter acesso médico em zonas remotas; e facilita a comunicação e a colaboração entre hospitais.

Com um ritmo cada vez mais acelerado de vida, as pessoas começam a recorrer a alternativas para manterem o contacto com os amigos e a família. Com as soluções disponíveis (por exemplo, o Skype), fazer uma videoconferência não traz encargos associados, e é um meio simples para falar com as pessoas independentemente do local e da hora.

 

Todos os sistemas no contexto das tecnologias de informação são vulneráveis a ataques informáticos e ao roubo de informação sensível. Os sistemas de videoconferência e videotelefonia não são excepção.
De acordo com um relatório do parlamento Europeu, em 1993, a Agência para a Segurança Nacional Americana (National Security Agency, NSA) terá interceptado videoconferências da chefia da Volkswagen e passado a informação a empresas concorrentes [10].
Mais recentemente o director de segurança da Rapid7, uma empresa que se dedica à exploração de falhas de segurança informática, demonstrou a necessidade de uma configuração cuidada dos parâmetros de segurança em sistemas de videoconferência, ao ganhar acesso e controlo sobre equipamentos de diversas empresas e tribunais, incluindo a sala de reuniões da Goldman Sachs, um dos maiores grupos financeiros do mundo [11], [12].

Num relatório do Carbon Disclosure Project (CDP) pode ler-se que a videoconferência, em particular a telepresença, pode reduzir as emissões de CO2 em 5,5 milhões de toneladas métricas e beneficiar toda a economia em 19 mil milhões de dólares até 2020. A mesma fonte anuncia o retorno do investimento inicial após 15 meses [13].